Chuva de Perseidas tinha feito sua última aparição em 1991

Uma câmera instalada em Monte Castelo, localizado no Planalto Norte catarinense, capturou um espetáculo celestial extraordinário: os meteoros provenientes do cometa Swift-Tuttle, que fez sua última aparição notável em 1991. A famosa chuva de meteoros Perseidas atingiu seu ápice de visibilidade no Brasil neste último fim de semana, iluminando a madrugada do domingo (13).

O astrônomo amador Jocimar Justino, membro ativo da Rede Brasileira de Monitoramento de Meteoros (Bramon), compartilhou detalhes sobre as observações fascinantes feitas pela estação administrada por ele. Mesmo com as condições desafiadoras de um céu nublado, que naturalmente dificulta a visualização, a câmera capturou a presença de pelo menos três meteoros.

Os registros desses momentos mágicos foram obtidos entre 4h30 e 5h30 no último domingo.

"O aparecimento de neblina no final da madrugada dificultou consideravelmente, justamente no período mais propício para a observação da chuva de meteoros Perseidas em nossa região", destacou Justino, compartilhando o desafio enfrentado na busca pelo fenômeno celeste.

Meteoros Perseidas e o Fascínio Celestial

Os meteoros Perseidas são uma parte notável do cometa Swift-Tuttle, que fez sua última aparição visível em 1991. Este cometa possui um núcleo impressionante com cerca de 26 quilômetros de diâmetro, mais de duas vezes o tamanho do corpo celeste que contribuiu para a extinção dos dinossauros.

De acordo com informações da Nasa, a órbita do cometa Swift-Tuttle leva 133 anos para completar, o que significa que sua próxima aparição está prevista apenas para o ano de 2124. Essa longa periodicidade acrescenta um senso de raridade e encanto ao espetáculo proporcionado pelas Perseidas, ressaltando a importância de aproveitar as oportunidades para observar eventos celestiais tão singulares.

A observação de meteoros é um testemunho da conexão entre o cosmos e a Terra, permitindo que apreciemos a grandiosidade do universo e a dança celeste que ocorre acima de nós. A câmera em Monte Castelo, apesar dos desafios climáticos, nos presenteou com um vislumbre dessa beleza cósmica, destacando a dedicação e paixão dos astrônomos amadores como Jocimar Justino e organizações como a Bramon, que nos aproximam das maravilhas do espaço sideral.

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